#096-Voltando para casa

Julie é uma mulher que, depois de viajar com os filhos gêmeos, decide chegar mais cedo em casa para fazer uma surpresa para o marido. Mas quem acaba levando a surpresa é ela, quando encontra o pai de seus filhos na cama com outra mulher.

Atordoada, Julie decide optar pelo divórcio. Mas seus problemas estavam apenas por começar. Pouco tempo depois da crise conjugal, Nicholas, seu filho, começou a ficar doente. E descobriram que ele possuía um câncer. A doença do menino acaba por unir de novo a família, que precisa encontrar forças para lidar com o problema.

Mas o roteiro é mais do que um drama familiar. Julie fica sabendo de um curandeiro na Polônia que costuma curar as pessoas com um simples toque de suas mãos e parte em busca de uma ajuda. Uma jornada que envolve vários sentimentos como amor, coragem e redenção. Contar mais só iria estragar a história, que é interessantíssima.
“Voltando para casa” é um filme da polonesa Agnieszka Holland, que dirigiu também o agradável “O jardim secreto” e também o excelente e imperdível “Filhos da guerra” (que considero um dos melhores filmes sobre o Holocausto). Por isso é possível assistir já esperando uma obra com uma forte carga dramática e narrativa envolvente.
Tão envolvente que o final parece ser um tanto ligeiro. Nos acostumamos tanto com as personagens que a história poderia ser um pouco maior, mesmo o filme tendo duração de quase duas horas. O filme conta uma fotografia estilosa, com muitos closes e câmeras movimentadas, o que gera a impressão de que tudo aquilo é real. Um quê de Dogma 95 na edição, que não se preocupa em fazer algo tecnicamente perfeito e sim tocante e comovente. E consegue. Os atores estão todos bons e Miranda Otto (O senhor dos anéis) trabalha muito bem como Julie, uma personagem bastante humana. Gostei mesmo! 🙂 Cotação do Dai: ***1/2 


Julie Walking Home (Alemanha/Canadá/Polônia/EUA 2002) – Dirigido por: Agnieszka Holland Com: Miranda Otto, William Fichtner, Lothaire Bluteau…

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