Cinema Novo na abertura do Festival de Brasília

“Cinema é cachoeira”. As palavras do mestre Humberto Mauro guiaram o jovem cineasta Eryk Rocha a compor o longa Cinema Novo, um ensaio poético sobre o movimento que lançou alguns dos maiores nomes do cinema brasileiro em todos os tempos, como Glauber Rocha (pai de Eryk), Nelson Pereira dos Santos, Cacá Diegues, Ruy Guerra, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman. O filme – recentemente premiado no 69º Festival de Cannes com o L’Oeil D’Or (Olho de Ouro), dedicado ao cinema documentário – foi o escolhido para a noite de abertura do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Ele será exibido em sessão especial para convidados, no dia 20 de setembro, a partir das 20h30, no Cine Brasília.

Cinema Novo mescla imagens de arquivo e de acervos dos próprios cineastas (colhidos no Brasil e no exterior), depoimentos recentes e outros nem tanto (vários deles captados especialmente para o longa), para propor um grande passeio pelo movimento nascido nos anos 1960 e que forjou as bases do cinema brasileiro. Sem a proposta de definir o movimento ou estudá-lo, o documentário se integra ao Cinema Novo, relembrando ideias e conceitos, oferecendo a possibilidade de o espectador dos dias atuais enxergar o Cinema Novo em toda sua complexidade e procurando ver como os ideais do movimento dialogam com o Brasil contemporâneo.

Para o curador do Festival, Eduardo Valente, “Cinema Novo é o filme ideal para a abertura do Festival de Brasília, pois ao mesmo tempo que coloca o passado e o presente em conexão direta, apontando sempre para o futuro, o filme relembra e exercita um cinema onde estética e política não se separam. Essas dinâmicas todas são a cara do Festival de Brasília, então começar a edição desse ano sob a égide desse filme será marcante”.

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