Crítica: Kubo e As Cordas Mágicas é uma história sobre família

*Por Clara Camarano – redacao@daiblog.com.br

As animações japonesas sempre tiveram um bom lugar junto ao público internacional por tocarem o espectador com suas singularidades e histórias capazes de prender qualquer um em frente aos telões. À exemplo, A Viagem de Chihiro, Meu Vizinho Totoro, dentre tantos outros clássicos do Japão tornaram-se conhecidos mundialmente exatamente pela expertise dos orientais na produção e direção destes tipos de filmes que atraem crianças e adultos.

Agora, uma nova animação norte-americana chega às salas dos cinemas com todos  ingredientes destas peculiares produções japonesas. Mera coincidência ou não, a história banha-se da cultura do país asiático e soma a isto sensíveis personagens e magias tão presentes nas exímias animações que podemos colocar no topo da lista. As raízes familiares, o amor pelo Japão, por sua cultura e vários “quês” de sensibilidade que fazem toda a diferença são elementos da  animação Kubo e As Cordas Mágicas, filme que marca a estreia  na direção do animador norte-americano Travis Knight. Todas as gerações vão se emocionar com a história do menino Kubo,  um garoto japonês que tenta salvar sua família e o legado do seu falecido pai samurai.

Esperto e amoroso,  Kubo cuida da sua viúva mãe que vive triste pelos cantos e tem devaneios com seu passado.  O garoto, que puxou a vertente de contar histórias da matriarca, embala-se nesta contação para invocar sua tradição.  Para isto, ele conta com a magia dos típicos origamis e com seu shamisen, um instrumento de cordas japonês. Nesta mistura mágica, ele irá entrar no túnel do tempo para enfrentar monstros e deuses vingativos, incluindo seu avô e suas tias que romperam com o seu falecido pai e, consequentemente, com sua mãe por ter se casado com ele. Nesta viagem às suas tradições, uma macaca protetora e um besouro estabanado vão acompanhar o menino, que deverá achar uma antiga armadura do pai para salvar sua família.

Além da trilha sonora emocionante, da técnica em stop-motion, da beleza dos personagens, da cultura nipônica exalada nas telonas, o filme ainda ousa ao incitar estas brigas familiares entre avôs, pais e genros, tias, numa menção de quem nem tudo é sempre um mar de rosas dentre os mesmos laços de sangue. Os bichos – macaco e besouro – ganhando formas humanas e de heróis também são destaques primordiais que podem nos remeter ao seguinte dizer:  “Os animais são os melhores amigos do homem”. A parte divertida, aliás, fica por conta destes animais que trazem boas piadas irônicas para garantir a leveza da animação e a faixa etária para todos os públicos. Pequenos e os maiores devem assistir.
Cotação do Daiblog: DaiblogDaiblogDaiblogDaiblogDaiblog

Veja aqui o trailer do filme Kubo e As Cordas Mágicas:

 

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