Rei Arthur – A Lenda da Espada deslumbra em visual e ação

*Por Clara Camarano – contato@cine61.com.br

A história é lendária e povoa o imaginário não apenas pelo lado histórico, mas pela magia que é somatizada na literatura, como a arte permite. O Rei Arthur foi um lendário líder britânico que comandou a defesa de seu país contra os invasores saxões no fim do século 5. A saga deste rei ganhou as letrinhas com o autor Godofredo de Monmouth e sua obra Historia Regum Britanniae, em 1130. Das letras para as telonas, Arthur eternizou-se ainda em produções clássicas como Os Cavaleiros da Távola Redonda (1953), de Richard Thorpe, e até em sátiras, como Em Busca do Cálice Sagrado (1975), de Terry Gilliam e Terry Jones.
Agora o clássico chega repaginado com efeitos visuais únicos e um frenesi adequado ao século 21. O Rei Arthur: A Lenda da Espada estreia com tons que prometem encantar os fãs de filmes de ação. O diretor inglês Guy Ritchie – conhecido por Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes (1998), Snatch: Porcos e Diamantes (2000), dentre outros, consegue prender o espectador com a história deste rei (Charlie Hunnam). Ele é um órfão criado nas ruas, no meio da prostituição e à margem da sociedade. O destino se deu porque o jovem foi deixado em um cesto em um rio quando o seu pai, o rei Uther (Eric Bana), foi assassinado pelo ganancioso tio Vortigem (Jude Law).
Arthur não reconhece sua predestinação, muito menos suas origens. Mas sonha constantemente com seu passado obscuro e torna-se, naturalmente, um homem forte e temeroso em seu meio. Ao ser intimado a retirar a enigmática espada Excalibur – apenas o descendente de Uther conseguiria retirá-la – da rocha onde estava cravada, ele começa a ser alvo do tio e intimado a lidar com este passado e reconhecer seu pai. A missão é defender seu povo e retirar o familiar vilão do trono. Com magos, o filme é uma fantasia com inúmeros detalhes visuais que ressaltam aos olhos (ainda mais em 3D).
O protagonista se mostra como um galã com traços de um anti-herói bonitão (Charlie Hunnam faz bem o papel do forte desejado). A mistura de fantasia e mitologia glorifica a produção. O melhor: a atuação de Jude Law como o tirano. Impecável! Guy Ritchie consegue entrar em um mundo que remete à série Game Of Thrones que, com certeza, deve ter sido uma das fontes de sua inspiração. Elogios à parte, o longa, no entanto, peca pelo excesso. Piadas fora de contexto, exaltação do protagonista desejado e um roteiro focado apenas na ação e no visual acabam por perder a essência de Arthur. O foco torna-se apenas a aventura em si.

Veja aqui o trailer do filme Rei Arthur: A Lenda da Espada:

King Arthur: Legend of the Sword (EUA, 2017) Dirigido por Guy Ritchie. Com Charlie Hunnam, Astrid Bergès-Frisbey, Jude Law, Djimon Hounsou, Eric Bana, Aidan Gillen, Freddie Fox…

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*Por Clara Camarano - contato@cine61.com.br A história é lendária e povoa o imaginário não apenas pelo lado histórico, mas pela magia que é somatizada na literatura, como a arte permite. O Rei Arthur foi um lendário líder britânico que comandou a defesa de seu país...Rei Arthur - A Lenda da Espada deslumbra em visual e ação