Entrevista com Craig Gillespie, diretor de Eu, Tonya

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Baseada em fatos reais, a cinebiografia Eu, Tonya, tem a atriz Margot Robbie no papel principal e estreia no Brasil dia 15 de fevereiro. O filme foi indicado Melhor Atriz – Margot Robbie, e Melhor Atriz Coadjuvante  – Allison Janney e Melhor Edição​ os vencedores serão anunciados no dia ​4 de ​março. O filme conta a história da patinadora artística Tonya Harding, atleta americana que foi uma das maiores patinadoras no gelo do mundo, mas ficou mais conhecida por ser acusada de planejar um ataque contra sua principal rival durante as Olimpíadas de Inverno de 1994, Nancy Kerrigan. O longa é dirigido por Graig Gillespie (A Garota Ideal), cuja entrevista você poder agora:

O que o atraiu para esse filme?
Eu recebi o roteiro sabendo que Margot Robbie estava dentro. A combinação de Tonya Harding e Margot Robbie era uma ideia imediatamente animadora para mim. Depois de ler o roteiro de Steven Rogers, fui conquistado. A história é magnificamente contada, com um maravilhoso equilíbrio entre emoção e humor, e uma estrutura completamente fora do convencional que era tanto intimidante quanto empolgante. Eu não poderia estar mais empolgado. Tinha um tom bem difícil, mas era incrivelmente perfeita para Margot. A dança entre humor, vulnerabilidade e força que a vi fazer anteriormente era um atributo que eu achei que personificaria o mundo de Tonya perfeitamente.

Pode nos dizer sobre a evolução do filme desde quando você entrou nas filmagens?
O roteiro estava em um formato ótimo. A minha prioridade foi capturar o espírito de Tonya e honrar o roteiro. Tonya tem uma coragem desafiadora. Ela tem um espírito e uma energia que eu queria capturar no filme. E isso significa muitas cenas com movimento de câmera, cortes e música que ajuda a recriar o caos e a euforia de sua vida na época.

O que saiba sobre Tonya Harding antes de fazer o filme – e depois?
Eu sabia muito sobre o incidente. Estava trabalhando com publicidade na época, e tinha acabado de fazer um comercial para a Sopa Campbell com Nancy Kerrigan 3 meses antes do incidente! Ainda assim não sabia de todos os detalhes. Assumi que fosse algo com Tony e Jeff Gillooly Descobrir um mundo de onde Tonya veio e seu foco e perseverança para chegar a duas olimpíadas, junto com todo o caos de sua vida me fez ter uma perspectiva completamente diferente dela.

O que quer que o mundo saiba sobre Tonya após assistir a esse filme?
Ela sempre é retratada como vilã pela mídia, e sua vida é muito mais complicada e trágica do que isso. Não querendo minimizar o que aconteceu com Nancy Kerrigan. O que aconteceu com ela é terrível, mas acho que tem uma história muito mais complexa de Tonya para se contar. Eu queria humaniza-la, e possivelmente ter empatia por ela.

Você se encontrou com Tonya? Como foi?
Margot e eu tivemos a oportunidade de conhecê-la. Ela nos recebeu bem e se abriu. Foi incrivelmente útil ver a pessoa por trás de um nome tão conhecido. Ver como ela foi tocada e superou uma época tão infame.

Como foi o processo de escolha do elenco?
Tive sorte de ter Margot Robbie e Allison Janney já a bordo quando embarquei no projeto. Não poderia imaginar um elenco melhor! Paul Walter Hauser entrou e me impressionou no papel de Shawn Eckhart. Ele foi incrivelmente engraçado, mas sempre vindo de um ponto sincero, genuíno. Exatamente o que eu esperava. O papel de Jeff Gillooly foi o mais difícil para mim. Ar relação entre Tonya e Jeff é muito volátil. Precisava de alguém que podia equilibrar humor e violência, mas ainda assim parecer ser simpático. Testamos vários atores, e foi multo difícil acertar o tom. Sebastian fez o teste e acertou na mosca. A química entre Margot e ele era inegável. Eles fizeram um trabalho maravilhoso de manter a humanidade na performance enquanto tocando o humor quando necessário.


Como você lidou com a parte da patinação no filme – foi difícil achar alguém para fazer o que Tonya sabia fazer?
Bem no início me encontrei com nossa coreógrafa de patinação, Sarah Kawahara, para discutir o que Margot poderia fazer, e o que precisaríamos de dublês para fazer. Margot treinou por 4 meses e fez um trabalho incrível, mas é óbvio que patinar em um nível Olímpico iria requerer dublês. Sarah imediatamente nos disse que não iríamos encontrar alguém capaz de fazer o salto com giro triplo, somente 6 mulheres o fizeram na história. Existem no momento duas, mas elas estão treinando para competir nas olimpíadas, e não podiam arriscar alguma lesão. Fiquei impressionado com a dificuldade do movimento, e com o que Tonya alcançou 25 anos atrás, e que tão poucas conseguiram fazer desde então. Tivemos que fazer com efeitos especiais!

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