Festival faz maratona cinematográfica no Paranoá

Após processo seletivo com 428 curtas-metragens inscritos, 79 foram escolhidos para compor a 2ª edição do Festival de Cinema do Paranoá. A lista completa e classificação indicativa dos filmes encontram-se no site: www.grupooitavaarte.com.br. A curadoria do evento é assinada pelo Prof. Roberto Medina e pela profª Edileuza Penha. Já o corpo de jurados será composto por William Lopes, Yale Gontijo e Lau Santos. Selecionado para abrir o festival no dia 26 de abril (quinta-feira), às 19h30, o média documentário Flor do Moinho, da diretora e professora de audiovisual da UnB, Érika Bauer, trará para a telona a história de Florentina Pereira dos Santos. Conhecida como Dona Flor, Florentina é parteira, quitandeira, tecelã, agente de saúde e garimpeira. Teve 18 filhos e adotou 28. A trama, verídica, fala desta senhora que vive no Povoado do Moinho, próximo a Alto Paraíso (Chapada dos Veadeiros – GO). 
Flecha Dourada
Já nos demais dias a programação vai contemplar obras de todo o Distrito Federal e do Brasil.  Dentre os filmes selecionados do DF destaque para a animação Louise, de Amanda Gomes, Andressa Fernandes e Nathanael Cruz; Doe Flor a Um Desconhecido, de Rafael Trevo, e para o documentário Afronte, de Bruno Victor e Marcus Azevedo. Representando o Paranoá, Je Suis Paranoá, de Daniel Araújo, também é um dos destaques. A lista de selecionados conta ainda com o sensível documentário A Gota D’Água, realizado por alunos da região de Itapoã. Outro filme local, o documentário Nós por Nós, de Isabela Graton e Mariana Bitencourt, se debruça sobre a falta de segurança das mulheres na Universidade de Brasília.
Nos filmes nacionais, produções do Rio de Janeiro, Curitiba, Minas Gerais, São Paulo, Goiânia, Natal, Mato Grosso. Dentre eles, Casca de Baobá, de Mariana Luiza (RJ); A Retirada Para Um Coração Bruto, de Marco Antônio Pereira(MG); Carta Sobre o Nosso Lugar Mulheres do Vila Nova, de Rayane Penha (AP);  Edney, de João Roberto Cintra (PE), Teodora Quer Dançar, de Samantha Col Debella (MT); Em Torno do Sol, de Julio Castro e Vlamir Cruz (RN). Todos abrem espaço para produções que destacam o regionalismo brasileiro. Exemplo de um filme representante do estado de Goiás, Intervenção, de Isaac Brum Souza, é uma ficção que relata um dia na vida de um jovem motoboy de uma metrópole brasileira devastada pela guerra contra as drogas. De São Paulo, A Ponte, de Rafa Câmara, mostra o encontro de uma comitiva de casamento e de um cortejo fúnebre no meio de uma ponte. Em tal situação, o viúvo e o pai da noiva entram em conflito prático e emocional para decidir quem passará primeiro.
Nós por Nós
Idealizador do festival, o ator, produtor, roteirista e diretor potiguar Januário Jr comemora: “É muito gratificante poder fazer esta ponte entre realizadores de quase todos os estados do Brasil e o festival e também mostrar seus olhares e suas experiências aqui, na comunidade do Paranoá e Itapoã”. Januário frisa, ainda, a importância das mostras dedicadas a pessoas com deficiência auditiva e para as escolas públicas. “Estamos aproximando o fazer cinematográfico para essa nova geração poder expor seus talentos. O FestCineParanoá nasce com essa proposta de promover vários realizadores que não teriam espaços em outros grandes festivais”, pontua. Outro ponto relevante, o mínimo de 25% dos filmes selecionados têm autoria feminina  na produção, roteiro, direção de fotografia e direção.
Serviço
2º Festival de Cinema do Paranoá 
De 23 a 29 de abril (segunda a domingo)
Local: Centro de Desenvolvimento e Cultura do Paranoá  – CEDEP (Q. 9 Conjunto D)
Exibição dos filmes: De 26 a 29 de abril, a partir das 15h. As atividades paralelas acontecem na semana, durante o dia. Confira horário, programação completa e classificação indicativa em: www.grupooitavaarte.com.br

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