Desapropriação é tema de filmes na mostra competitiva

A dramática questão das pessoas que perdem suas casas por causa da desapropriação e demais situações pautou o segundo dia do Cine Jardim – Festival Latino-Americano de Cinema de Belo Jardim. A mostra competitiva exibiu curtas e longas que, no geral, falavam sobre a temática. A começar pela produção pernambucana Nanã, dirigida por Rafael Amorim. A ficção é baseada na história real do complexo portuário de Suape, uma construção que expulsou inúmeras famílias.


Nanã
O documentário Real Conquista, de Fabiana Assis, mostra, do ponto de vista de uma sobrevivente, como foram as violentas ações da polícia goiana ao destruir uma comunidade já então consolidada. Com depoimentos emocionantes de Eronilde da Silva Nascimento, o curta apresenta uma visão muito mais realista e humana da tragédia que apareceu de forma até mesmo discreta na mídia. Um crime que até hoje está impune.
Real Conquista
Um Corpo Feminino, de Thaís Fernandes, é uma coletânea de entrevistas com mulheres de várias idades. As perguntas versam sobre o ser mulher e sua posição na sociedade. Com inúmeros personagens interessantes, o curta traz uma série de visões sobre o gênero. Antes da apresentação, a cineasta comentou que o projeto não acabou no filme e continuará na internet. A sessão terminou com Bandeira de Retalhos, de Sérgio Ricardo. Inspirado num caso real, o filme é sobre a mobilização de moradores do morro do Vidigal (RJ), que impediram a derrubada de suas casas. Repleto de músicas, o longa derrapa pela forma que foi realizado, claramente com baixo orçamento e um roteiro que poderia ser melhor aproveitado.

*Por Michel Toronaga – micheltoronaga@cine61.com.br

O jornalista viajou a convite da organização do Cine Jardim

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