Personagem se mostra desgastado em Crô em Família

Há personagens que ficam marcados para sempre no imaginário popular. Carminha, interpretada por Adriana Esteves, na novela Avenida Brasil. Dona Hermínia, interpretada por Paulo Gustavo. Ou Nazaré Tedesco, a malévola que Renata Sorrah deu vida na novela Senhora do Destino. Quem não se lembra? Estes são alguns exemplos de personagens populares inesquecíveis da telinha. Desde 2011, o engraçado mordomo Crô concorre a entrar nesta lista memorável. O personagem nasceu na novela Fina Estampa (2011).Criado por Aguinaldo Silva, o Crô é um gay cômico bem interpretado por Marcelo Serrado.
Mas será que o Crô já deu? Parece que não. O mordomo Crodoaldo Valério ganhou as telonas e a bilheteria. Mais de 1 milhão de pessoas foram ao cinema assistir ao primeiro longa-metragem de Crô – O Filme, em 2013. Agora, a continuação dessa história traz novamente o protagonista em outras aventuras: Crô em Família. Desta vez, dirigido por Cininha de Paula. Nesta nova saga, Crô virou dono de uma escola de etiqueta social. Apesar da fama e de todo glamour, o personagem se sente carente e abandonado. Ao se ver alvo de venenos do colunismo social, a intimidade de Crodoaldo se torna mais exposta do que nunca. Dentro deste “close” virtual, uma família o encontra. É quando entram na trama Orlando (Tonico Pereira) e Marinalva (Arlete Salles). Eles chegam com a família inteira afirmando para Crô que são seus parentes. Confusão e babado, como diria Crô, na certa.
De fato, a história não deixa de ter momentos engraçados e até críticas embutidas, como a da banalização e invasão exacerbada das redes sociais e dos digitais influencers. O elenco, impecável, principalmente com Arlete Salles que, convenhamos, dá um banho em interpretação, também é um ponto forte. Mas, no geral, a trama cai em um “mais do mesmo” e mostra um personagem já saturado. Crô foi perfeito em 2011. Em 2018, no entanto, ele fica meio fake. Principalmente por ser um tipão estereotipado que não mais convém.
Embora caia neste tom, Marcelo Serrado comenta: “Uma vez eu estava em uma boate e vi um homem que era o Crô. Com o cabelo de topete como o do Crô, com os trejeitos do Crô”. “Não temos intenção de ofender ninguém. Muito pelo contrário. O filme é para divertir. Para rirmos juntos com toda família”, comenta o ator, em entrevista ao Cine61 – Cinema Fora do Comum. A comédia, de fato, pretende ser pastelão. Serrado adianta, ainda, que este filme está melhor do que o primeiro.  “Este é mais divertido, mais solar, mais singelo. Acho que chegará mais no público. E Crô, sim, é o personagem da minha vida. Assim como Carminha marcou a Adriana (Esteves)”, coloca.

*Por Clara Camarano – contato@cine61.com.br

Veja aqui o trailer do filme Crô em Família:





Crô em Família (Brasil, 2018) Dirigido por Cininha de Paula. Com Marcelo Serrado, Pabllo Vittar, Jefferson Schroeder, Arlete Salles, Mel Maia, Fabiana Karla, João Baldasserini, Marcos Caruso…

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Há personagens que ficam marcados para sempre no imaginário popular. Carminha, interpretada por Adriana Esteves, na novela Avenida Brasil. Dona Hermínia, interpretada por Paulo Gustavo. Ou Nazaré Tedesco, a malévola que Renata Sorrah deu vida na novela Senhora do Destino. Quem não se lembra?...Personagem se mostra desgastado em Crô em Família